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sábado, 17 de novembro de 2012

Telescopium ( Telescópio )


Na ilustração vemos o desenho original da constelação do Telescópio ( identificada " Le Telescope " ) tal como foi visualizada por Lacaille.


Dados da constelação:
Abreviatura oficial:  Tel
Genitivo usado para formar o nome das estrelas:  Telescopii
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes:  33°N – 90°S 
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes: 
44°N 33°N 
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite:  10 Jul


Constelação moderna, introduzida por Lacaille em 1754, após a sua viagem à Cidade do Cabo com o fim de cartografar o céu do hemisfério Sul, é extremamente difícil de se localizar, por apresentar dimensões reduzidas e ser constituída por estrelas de brilho muito fraco. Procure-se a sua estrela mais brilhante ( Alfa ), usando como referência a proximidade da constelação do Escorpião.


As novas constelações do astrónomo francês pretendiam desenhar fronteiras mais precisas no céu e visavam homenagear os progressos da Humanidade nas Ciências e nas Artes, pelo que a sua larga maioria representa instrumentos dessa natureza. No caso do Telescópio, a constelação que foi apresentada por Lacaille era muito maior do que a que foi assimilada oficialmente pela União Astronómica Internacional ( I.A.U. ).
Representava um telescópio " aéreo " - uma variante usada na época, de grande distância focal, apoiado num poste ou torre e regulado com pesos e roldanas. Como metade do tubo e as roldanas da figura original foram subtraídas na constelação moderna, esta costuma ser representada, hoje em dia, pelo desenho de um telescópio mais pequeno, assente num tripé. Desta reorganização da figura original para a constelação oficial resultou também que o Telescópio " perdeu " algumas das estrelas catalogadas por Lacaille, para outras constelações. É por esta razão que não contém nenhuma estrela " Beta " nem " Gama ", entre outras identificadas por uma letra do alfabeto grego, pois foram assimiladas pelas constelações vizinhas - Sagitário, Escorpião e Ofiúco.
Por ser de origem moderna, não possui qualquer lenda associada.



Objectos celestes mais notáveis:


- NGC 6584 - um enxame estelar globular de Mag. 9.0 , observável com telescópios de abertura igual ou superior a 200 mm.

















- Como curiosidade, apesar de ser invisível mesmo aos telescópios mais potentes ( incluindo o Hubble ) um dos objectos mais longínquos fabricados pelo Homem, a sonda Voyager 2, encontra-se, ao olharmos para o céu, na constelação do Telescópio. Na imagem ao lado podemos observar a trajectória da sonda, a azul claro. Estão assinaladas, com as letras gregas correspondentes, 3 das estrelas mais brilhantes da constelação ( compare-se com o mapa apresentado abaixo ).






Localizem-se as estrelas e objectos celestes da constelação no mapa:


Clicar na imagem para ampliar o mapa

Mapa com fundo branco 

Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.

Clicar na imagem para ampliar o mapa


Estrelas mais notáveis:


- α (Alfa), é uma estrela branco-azulada de Magnitude 3.5 .
- δ (Delta), é uma dupla óptica ( a proximidade entre as componentes não é real, mas fruto da perspectiva ), possível de se observar, em céus muito escuros, separada nas suas constituintes individuais apenas a olho nu - duas estrelas branco-azuladas ( δ1 ( Delta 1 ) e δ2 ( Delta 2) ). Apresenta uma Mag. ( global ) à volta de 5.0 .
- ε (Épsilon), é uma estrela avermelhada de Mag. 4.5 .
- ζ (Zeta), é a 2ª estrela mais brilhante da constelação, com uma Mag. de 4.1 . Apresenta uma tonalidade alaranjada e encontra-se a 120 anos-luz de distância do nosso Sol.




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